Acompanhei com muita atenção e apreensão, o discurso fútil e intriguista do Presidente da República e do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, quando dava posse ao Mais-Velho Isaías Henriques Ngola Samakuva, na reunião do Conselho da República que teve lugar hoje dia 25 de Outubro de 2021.
Por Joaquim Nafoia (*)
Considerei as palavras do Presidente da República que dirigiu ao empossado como sendo levianas, imaturas e perigosas. Conclui que João Manuel Gonçalves Lourenço, enquanto Presidente da República não tem a mínima noção da responsabilidade que pesa sobre si enquanto Chefe de Estado.
João Manuel Gonçalves Lourenço, demonstrou no seu discurso que é o responsável-mor do plano macabro do seu regime que visa a desestabilização, divisão e destruição da UNITA.
João Manuel Gonçalves Lourenço, ao tecer palavras afirmando que o Mais-Velho Isaías Henriques Ngola Samakuva, tomou posse como Conselheiro para ficar ou seja, que o Mais-Velho Samakuva é o seu aliado predilecto, dito com outras palavras, claramente, João Lourenço saiu da toca e revelou a sua estratégia venenosa de opor os militantes da UNITA e a sociedade civil contra a figura do Presidente Samakuva, e por conseguinte criar caos e instabilidade no País.
O País já passou por essas experiências amargas e inglórias, logo, não é racional insistir nas práticas retrógradas e arcaicas de dividir a maior força política em Angola, porquanto, ela é uma força com longevidade que acumulou experiência bastante e sempre soube superar os obstáculos e todas as adversidades que foram surgindo no seu percurso. Hoje mais do que nunca, a UNITA está forte, madura, unida e coesa, por isso mesmo, recomenda-se.
É crime de traição à pátria usar as instituições do Estado para a satisfação dos caprichos de um só Partido e o seu Presidente, em prejuízo do País todo. Quem fica nas rédeas de direcção do Estado, tem a obrigação de olhar pelo País no todo e concomitantemente focar-se nas políticas de desenvolvimento integral e harmonioso. O Presidente da República, não deve dirigir o País, como se de um quintal privado se tratasse.
A política golpista que se usa de forma reiterada baseando-se no princípio de instrumentalização e subjugação das instituições do Estado para dividir e destruir os Partidos Políticos na oposição devia parar de uma vez para sempre.
O Mais-Velho Samakuva não é e nunca será aliado do regime do MPLA.
O patriota Mais-Velho, Isaías Henriques Ngola Samakuva, é uma das referências incontornáveis da história recente de Angola e, uma das reservas morais da UNITA e do País. Logo, o seu sentido de Estado, que também é a matriz da UNITA, não deve ser encarrado como sinal de fraqueza. Quem assim o interpreta tal como o faz o Presidente da República e do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, não sabe o que procura e muito dificilmente alcançará os seus intentos.
O Mais-Velho, Isaías Henriques Ngola Samakuva, o Presidente, Adalberto da Costa Júnior e a UNITA, são literalmente todos, irmãos siameses ou seja, a mesma coisa.
Avisada, a sociedade esclarecida, sempre acompanhou com atenção os gestos armadilhados do regime baseados na estratégia de combater até a exaustão o Presidente Adalberto da Costa Júnior e a UNITA.
Essa empreitada está e sempre esteve sob o comando do Presidente da República e do MPLA, atendendo os seguintes factos:
1. No mês de Novembro de 2020, João Manuel Gonçalves Lourenço, nas vestes de Presidente da República, convocou o Mais-Velho, Isaías Henriques Ngola Samakuva, em detrimento do Presidente eleito da UNITA, Adalberto Costa Júnior, para abordar questões relativas a manifestação reprimida brutalmente pelo seu Executivo.
2. No princípio do ano corrente, João Manuel Gonçalves Lourenço, pela segunda vez, convida o Mais-Velho, Isaías Henriques Ngola Samakuva, para participar na actividade da primeira-dama Ana Dias Lourenço, sua esposa, em detrimento do Presidente da UNITA Adalberto da Costa Júnior.
3. No dia 04 de Abril do corrente ano, João Manuel Gonçalves Lourenço, convida os Mais-Velhos, Isaías Henriques Ngola Samakuva, Miraldina Olga Jamba, Ernesto Mulato e José Samuel Chiwale, a participar do suposto almoço da paz, em detrimento de Adalberto da Costa Júnior, Presidente da UNITA.
4. A campanha desumana de diabolização contra Adalberto Costa Júnior, Presidente da UNITA, protagonizada pelas instituições do Estado e imprensa sob a tutela de João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República;
5. Ataques ferozes através de comunicados do Bureau Político do MPLA do qual João Manuel Lourenço é Presidente.
Para a felicidade do povo, hoje o comportamento do regime está mais que visível, pelo que a reacção não passará.
(*) Deputado da UNITA
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